"C'est pas compliqué, en politique, il suffit d'avoir une bonne conscience, et pour ça il faut avoir une mauvaise mémoire ! (Votez nul !)"
Não é complicado ! Em política é suficiente ter boa consciência, e para isso é preciso ter má memória. Vote nulo !
"There are two kinds of justice : the lawyer who knows everything about the law, and the lawyer who knows everything about the judge"
Há duas espécies de justiça: o advogado que sabe tudo sobre a lei, e o advogado que sabe tudo sobre o Juíz.
Os políticos estão para a política assim como os buracos estão para o queijo. Mas mais buracos significam menos queijo.
"They say 3 million (in France) people need a job. False: all they really need is money"
"Dizem que 3 milhões (em França) de pessoas precisam de emprego. Falso: Tudo o que eles precisam é de dinheiro"
Michel Colucci, ou melhor, Coluche, é um dos humoristas mais consagrados da história do humor francês. A sua carreira em palco, que começou no final dos anos 1960 nos cafés-teatros parisienses, teve uma ascensão fenomenal na segunda metade dos anos 1970, com o seu personagem burlesco, o palhaço de macacão listrado e nariz vermelho. Através de uma linguagem inédita e virulenta, apenas utilizada pela imprensa, escolheu os mesmos alvos adoptados pelos jornais satíricos, como Charlie Hebdo e Hara-Kiri: o francês tradicional (ou a idiotice comum), os políticos, a polícia, os padres…
Coluche conseguiu representar magistralmente os arquétipos da sociedade, bombardeando para todos os lados, sem poupar nada e ninguém. Homem de teatro, de cinema, de televisão e de rádio, Coluche conquistou o status de filósofo popular. Mas, nos últimos anos de sua carreira, acabou fazendo um humor populista bastante questionável. Quando simulou a sua candidatura à presidência, em 1981, conseguiu, por alguns meses, fazer tremer as bases da República. Morreu, em 1986, em um trágico acidente de moto, deixando como herança a imagem consensual de uma pessoa solidária, fundadora de uma associação de auxílio aos mais carentes intitulada “Restos du Cœur” (Restaurantes do Coração).
Poderíamos grosso modo fazer uma comparação com os "nossos" Gatos Fedorentos, mas aqui personificados no talento, ironia e coragem de uma só pessoa, há uns distantes 25 anos... Em 1980 pré-anunciou a sua candidatura às presidenciais francesas, numa atitude provocatória que lhe rendeu nas intenções de voto uns fabulosos 16%, o que na altura lhe daria o segundo lugar e obrigaria seguramente a uma segunda volta! Causando imediatamente pânico nos círculos políticos, a máquina cercou-o ... após censura na televisão, pressões e o assassinato do seu mandatário, desistiu das eleições... Para a próxima "votem nulo".
Mais: http://michbuze.club.fr/lavache/coluche.htm
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