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"Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
"Era tarde, tão tarde, que a boca tardando-lhe o beijo morria.
Quando à boca da noite surgiste na tarde qual rosa tardia
Quando nós nos olhámos, tardámos no beijo que a boca pedia
e na tarde ficámos, unidos, ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia."
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Ary dos Santos
4 comentários:
Gostei (muito)!
Lê-se (devagar) de uma assentada!
:))
Essa da assentada é do Zeca Afonso ! Deus tenha a alma em seu descanso ...
Este é cantado pelo Carlos do Carmo. Por isso te entra facilmente no ouvido !
:-))))
Gosto muito do Ary, tão irreverente, o primeiro português corajoso, a assumir a sua homossexualidade, em directo via TV.
beijo
Concordo contigo, João. Ainda havia homens com tomates :-)))
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