"Grande A'Tuin, a tartaruga estelar, tem a carapaça coberta de metano congelado, marcada por crateras meteóricas e areada com poeira asteroidal. Grande A'Tuin possui olhos como oceanos antigos e seu cérebro tem o tamanho de um continente, pelo qual os pensamentos se movem como pequenas geleiras luminosas. Grande A'tuin, das enormes, vagarosas e tristes patas e do casco polido pelas estrelas, avança na noite galáctica sob o peso do Disco. Grande como os mundos. Velha como o Tempo. Paciente como uma rocha. (...) Grande A'Tuin, na realidade, está se divertindo à beça. Trata-se da única criatura em todo o universo que sabe exatamente aonde vai."Imagine um mundo plano com a forma de um disco, que é sustentado por quatro enormes elefantes, que por sua vez, estão apoiados no casco de uma imensa tartaruga que nada vagarosamente pelo espaço interestelar.
Complicado? Pois este é o cenário de Discworld, criado pelo inglês Terry Pratchett, autor que já era conhecido aqui no Brasil pelo seu livro Belas Maldições, que escreveu junto com Neil Gaiman. O universo de Discworld já rendeu mais de 40 livros, e A Cor da Magia é o primeiro livro desta série, que é publicada aqui no Brasil pela editora Conrad (até o momento ela já publicou 10 livros). Neste livro, conhecemos Rincewind, um mago picareta, medroso, covarde e incrivelmente azarado. Na verdade, Rincewind não é bem um mago, já que ele foi expulso da Universidade Invisível, uma grande escola de magos, e por isso só conseguiu aprender um único feitiço (na verdade, o feitiço é que aprendeu Rincewind!). Também nos é apresentado DuasFlor, um ingênuo vendedor de seguros, que cansado de sua vida monótona, resolve juntar toda sua economia e partir para uma fantástica viagem por todo o Discworld. E sua primeira parada é na putrefata e violenta cidade de Ankh-Morpork, um lugar onde os habitantes ficam felizes por apenas ter sobrevivido mais um dia. E é nessa cidade onde DuasFlor conhece o mago Rincewind, e o contrata como seu guia turístico. E ainda tem a "Bagagem", a arca de estimação de DuasFlor, feita com a rara madeira sábia de pereira, ela possui um monte de perninhas e tem a incrível capacidade de seguir o seu dono em qualquer lugar que ele for (e eu disse, em qualquer lugar!). Juntos, Rincewind, DuasFlor e a Bagagem viveram grandes e perigosas aventuras por todo o "Mundo do Disco", do centro à borda, e além, indo aonde os Magos, Trolls, Anões, Elfos e Arcas com perninhas jamais foram. Ah! Não posso esquecer "o" Morte (e não "a" Morte como muita gente pensa!), o verdadeiro personagem principal desta história (ainda mais se tratando de um mundo violento como Discworld!), que é mais conhecido como AQUELE QUE SÓ FALA EM CAIXA ALTA. Com o seu manto negro e sua foice bem afiada, o Morte está sempre com um sorriso em seu rosto esquelético. Ele cavalga em seu corcel branco, levando a "paz" aos habitantes do "Disco". Com esse cenário de paródia aos clichês de fantasia e utilizando muito humor e ironia, Pratchett é facilmente comparado com Douglas Adams, que ficou consagrado por fazer o mesmo tipo de abordagem humorística, só que com a ficção científica. A genialidade de Pratchett parece não ter fim, por isso arrisco dizer que o mundo de Discworld é tão, ou mais criativo, que a Terra-Média criada por Tolkien. Com o sucesso dos livros, Discworld gerou uma série de bugigangas, como jogos de computador, livros de RPG, miniaturas, chaveirinhos e muitas outras tralhas afins. Por fim, se você gosta de fantasia medieval, você tem que ler os livros de Discworld. E me perdoem os fãs de Gandalf ou de Harry Potter, mas mago por mago, eu sou muito mais Rincewind.
Complicado? Pois este é o cenário de Discworld, criado pelo inglês Terry Pratchett, autor que já era conhecido aqui no Brasil pelo seu livro Belas Maldições, que escreveu junto com Neil Gaiman. O universo de Discworld já rendeu mais de 40 livros, e A Cor da Magia é o primeiro livro desta série, que é publicada aqui no Brasil pela editora Conrad (até o momento ela já publicou 10 livros). Neste livro, conhecemos Rincewind, um mago picareta, medroso, covarde e incrivelmente azarado. Na verdade, Rincewind não é bem um mago, já que ele foi expulso da Universidade Invisível, uma grande escola de magos, e por isso só conseguiu aprender um único feitiço (na verdade, o feitiço é que aprendeu Rincewind!). Também nos é apresentado DuasFlor, um ingênuo vendedor de seguros, que cansado de sua vida monótona, resolve juntar toda sua economia e partir para uma fantástica viagem por todo o Discworld. E sua primeira parada é na putrefata e violenta cidade de Ankh-Morpork, um lugar onde os habitantes ficam felizes por apenas ter sobrevivido mais um dia. E é nessa cidade onde DuasFlor conhece o mago Rincewind, e o contrata como seu guia turístico. E ainda tem a "Bagagem", a arca de estimação de DuasFlor, feita com a rara madeira sábia de pereira, ela possui um monte de perninhas e tem a incrível capacidade de seguir o seu dono em qualquer lugar que ele for (e eu disse, em qualquer lugar!). Juntos, Rincewind, DuasFlor e a Bagagem viveram grandes e perigosas aventuras por todo o "Mundo do Disco", do centro à borda, e além, indo aonde os Magos, Trolls, Anões, Elfos e Arcas com perninhas jamais foram. Ah! Não posso esquecer "o" Morte (e não "a" Morte como muita gente pensa!), o verdadeiro personagem principal desta história (ainda mais se tratando de um mundo violento como Discworld!), que é mais conhecido como AQUELE QUE SÓ FALA EM CAIXA ALTA. Com o seu manto negro e sua foice bem afiada, o Morte está sempre com um sorriso em seu rosto esquelético. Ele cavalga em seu corcel branco, levando a "paz" aos habitantes do "Disco". Com esse cenário de paródia aos clichês de fantasia e utilizando muito humor e ironia, Pratchett é facilmente comparado com Douglas Adams, que ficou consagrado por fazer o mesmo tipo de abordagem humorística, só que com a ficção científica. A genialidade de Pratchett parece não ter fim, por isso arrisco dizer que o mundo de Discworld é tão, ou mais criativo, que a Terra-Média criada por Tolkien. Com o sucesso dos livros, Discworld gerou uma série de bugigangas, como jogos de computador, livros de RPG, miniaturas, chaveirinhos e muitas outras tralhas afins. Por fim, se você gosta de fantasia medieval, você tem que ler os livros de Discworld. E me perdoem os fãs de Gandalf ou de Harry Potter, mas mago por mago, eu sou muito mais Rincewind.
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Autor : Cadu Simões
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