Discos de toda uma vida

The Velvet Underground - 1969 - Live With Lou Reed - 1974. Ainda que todo o material de The Velvet Underground seja uma maravilha em si mesmo, este disco gravado em directo em 1969 e editado em 1974 resume parte do melhor do grupo, com maravilhas como Pale Blue Eyes, I’ll Be Your Mirror, Femme Fatale, Waiting For My Man ou a insuperável Heroin.

Lou Reed - Berlin - 1973. Ainda que o líder indiscutível seja o Velvet Underground, a carreira em solitário de Lou Reed está coberta de qualidade musical e poética. Berlin é o terceiro disco de Lou Reed, e, mesmo que o seu trabalho anterior, Transformer, produzido por David Bowie já é uma maravilla, com a aparecimento deste disco rompeu todas as regras escritas. O disco teve pouca repercussão comercial. É muito acústico e com muitos instrumentos de orquesta (Saxo, Trombone, Trompete, Piano, Mellotron…) e é sobretudo obscuro yetétrico. Conta uma trágica história de amor entre dois drogados em Berlim, e tem cancões que falam de violência (Caroline Says), prostituição e drogas (The Kids), suícidio (The Bed) e termina com uma incrível canção triste (Sad Song). Un disco que intimida, que nos prende, que te faz gritar ou chorar.

The Crue - Pornography - 1982. Com The Cure entramos directamente na etapa sinistra, o dark, o gótica, o new wave, o post punk, ou uma mistura de todas eles, sobretudo na sua primeira etapa, com Pornography, um álbum obscuro e profundo, só comparável a Seventeen Seconds. Se Ian Curtis tivesse morrido e Joy Division tivesse deixado de existir, passavam a ser The Cure as bandeiras do movimento gótico-obscuro-sinistro.

David Bowie - Space Oddity - 1972. Não vamos a falar muito de David Bowie porque necessitariamos de muitas horas para o fazer. Este incrível artista não tem deixado de nos surprender nem com os seus 61 anos, e quase tudo o que tem tocado converteu-se em verdadeiras obras de arte (com algumas excepções). Sou fã incondicional. E tudo começou com este Space Oddity, cancão que narra a história de um astronauta perdido no espacio chamado Major Tom e que dá o título ao álbum, e que é uuma homenagem ao filme 2001: Odisseia no Espaço. É um disco essencialmente psicadélico, com canções como Memory Of A Free Festival que é toda uma ode hippie ou, para mim a melhor do álbum, cuja letra é toda um canto ao desespero e um grito à liberdade, Cygnet Committee, com mais de 9 minutos de um Bowie “querendo acreditar” que um mundo melhor é possível.

Bauhaus - Press The Eject And Give Me The Tape - 1982. Com Bauhaus entra-se em pleno mundo osbcuro, sinistro e post-punk da década. A voz de Peter Murphy, as guitarras de Daniel Ash, os baixos de David Jay ou a percussão de contundentes baterias de Kevin Haskins. Gosto de tudo. São os verdadeiros artífices do rock gótico. Este álbum está gravado em directo em Liverpool com a força e energia daqueles que são capazes, como In The Flat Field, The Spy In The Cab, Hollow Hills ou a insuperável Bela Lugosi’s Dead. De Bauhaus já pôs alguns temas em vídeo, precisamente o de Bela Lugosi e o The Passion of lovers em directo aquí, In The Flat Feel aquí, e The Passion of Lovers em vídeoclip-live aquí.

Kaleidoscope de Siouxsie and the Banshees, o disco que nunca comprei mas que nunca deixei de ouvir. Estes eram os temas do disco:
01 - “Happy House” 02 - “Tenant”03 - “Trophy”04 - “Hybrid”05 - “Clockface”06 - “Lunar Camel”07 - “Christine”08 - “Desert Kisses”09 - “Red Light”10 - “Paradise Place” 11 - “Skin”

O seguinte é o primeiro dos The Cult, “Love”. O menos heavy de todos os seus discos, com toques de rock psicadélico, que pesoalmente gosto mais. Nem sei a quantidade de vezes que o ouvi ! 01 - Nirvana 02 - Big Neon Glitter 03 - Love 04 - Brother Wolf Sister Moon 05 - Rain 06 - Phoenix 07 - Hollow Man 08 - Revolution 09 - She Sells Sanctuary 10 - Black Angel

“Stone Roses” de Stone Roses, o seu primeiro albúm e um dos melhores discos desta banda, e da história da música. 01 - “I Wanna Be Adored”02 - “She Bangs The Drums”03 - “Waterfall”04 - “Don’t Stop”05 - “Bye Bye Badman”06 - “Elizabeth My Dear”07 - “(Song For My) Sugar Spun Sister”08 - “Made Of Stone”09 - “Shoot You Down”10 - “This Is the One”11 - “I Am The Resurrection”

Um salto no tempo para um dos meus grupos preferidos actualmente Massive Attack e o álbum “100th Window” , que oiço dia sim, dia sim ! 01 - Future Proof 02 - What Your Soul Sings 03 - Everywhen 04 - Special Cases 05 - Butterfly Caught 06 - A Prayer For England 07 - Small Time Short Away 08 - Name Taken 09 - Antistar

E o último da lista vai para St Germain. “Tourist” é o escolhido. Um dos discos com mais feeling que conheço ….01 - Rose Rouge 02 - Montego Bay Spleen 03 - So Flute 04 - Land Of… 05 - Latin Note 06 - Sure Thing 07 - Pont Des Arts 08 - La Goutte D’Or 09 - What You Think About